O que é a criptomoeda? Como tem evoluído nos últimos tempos?
A criptomoeda é um activo digital que conquistou notoriedade mundial como alternativa ao dinheiro tradicional. Este artigo explora de forma clara e detalhada desde o conceito e funcionamento até aos usos actuais e às tendências que moldam o mercado – com foco nas criptomoedas hoje e na sua relevância para investidores de diferentes perfis.
Ao longo do texto, abordaremos igualmente a regulamentação, as carteiras digitais, bem como o contexto em Portugal e na União Europeia. Trata-se de um mergulho no universo cripto para perceber por que razão as criptomoedas estão cada vez mais presentes na vida daqueles que procuram inovação e autonomia financeira.
1. Definição: o que é uma criptomoeda?
A criptomoeda é uma forma de moeda digital ou virtual que utiliza criptografia para garantir a segurança das transacções e controlar a criação de novas unidades, operando de forma descentralizada – ou seja, sem intervenção de bancos centrais ou governos.
De acordo com a definição mais comum, é um meio de troca descentralizado, validado pela tecnologia blockchain, com o Bitcoin a ser a primeira criptomoeda criada em 2009 por Satoshi Nakamoto. Estas moedas circulam em redes peer-to-peer, onde todos os participantes mantêm uma cópia do histórico completo das transacções, tornando o sistema resistente a fraudes ou alterações arbitrárias.
Um sistema de criptomoeda deve cumprir seis critérios fundamentais: ausência de autoridade central, registo público de unidades e propriedades, regras claras para a criação de novas moedas, prova de propriedade através de criptografia, execução de transacções válidas e resolução automática de instruções conflitantes.
Assim, as criptomoedas combinam avanços tecnológicos, descentralização e segurança, abrindo caminho para uma redefinição do conceito de dinheiro no século XXI.

2. Como funcionam as criptomoedas hoje?
- Tecnologia blockchain ou “cadeia de blocos”: é um registo descentralizado onde cada transacção é validada e armazenada em blocos interligados cronologicamente. Cada participante da rede possui uma cópia integral desta cadeia, garantindo transparência e imutabilidade;
- Consenso e validação: Redes como a do Bitcoin utilizam a prova de trabalho (PoW), em que mineradores resolvem cálculos complexos para validar blocos e receber novas moedas. Já outras criptomoedas usam a prova de participação (PoS), em que a validação depende da posse de tokens, oferecendo maior eficiência energética;
- O trilema da escalabilidade: O chamado trilema da escalabilidade indica que um blockchain consegue satisfazer apenas duas de três características ao mesmo tempo; nomeadamente, descentralização, escalabilidade e segurança. A busca pelo equilíbrio entre estes três factores é um dos maiores desafios das criptomoedas hoje;
- Carteiras digitais e custódia: As carteiras digitais permitem guardar, enviar e receber criptomoedas. Na auto-custódia, o utilizador controla as suas próprias chaves privadas, garantindo independência máxima. Já na custódia em corretoras de criptomoedas, a responsabilidade passa a ser de terceiros. Existem ainda carteiras físicas (hardware wallets) e até soluções em papel ou metal para armazenamento offline seguro.
3. O contexto actual das criptomoedas hoje
- Crescente adopção institucional: Em 2025, o mercado de criptomoedas evidencia sinais de maturidade. O Bitcoin atingiu novos máximos históricos, ultrapassando os 100 mil dólares norte-americanos, impulsionado pela entrada de investidores institucionais e pela criação de novos instrumentos financeiros ligados ao activo, como é o caso dos ETFs à vista;
- Inteligência artificial e cripto: Um campo emergente são as criptomoedas de inteligência artificial (IA), que ligam algoritmos autónomos ao blockchain. Estas soluções já começam a ser aplicadas em negociação algorítmica, Internet das Coisas, logística e análise de dados em tempo real;
- Volatilidade diária: Os preços das criptomoedas hoje variam constantemente, em função da procura e da oferta, do enquadramento regulatório, da inovação tecnológica e das condições macroeconómicas globais. Esta volatilidade continua a ser simultaneamente uma oportunidade e um risco.

4. Panorama regulatório: Portugal e União Europeia
- Portugal: enquadramento atractivo: Portugal tem-se destacado pelo enquadramento fiscal favorável: os ganhos com compra e venda de criptomoedas por particulares não são tributados caso a detenção seja igual ou superior a um ano, o que tem atraído uma comunidade crescente de investidores. O Banco de Portugal é responsável pela supervisão das entidades que operam com activos digitais, exigindo registo e cumprimento normativo;
- União Europeia: o regulamento MiCA: Em 2023, foi aprovado o regulamento MiCA (Markets in Crypto-Assets), que começará a ser aplicado progressivamente entre 2024 e 2025. Este diploma estabelece regras comuns para criptoactivos, prestadores de serviços e stablecoins, criando um enquadramento jurídico sólido para todo o espaço europeu.
5. Por que as criptomoedas importam para investidores
- Diversificação da carteira de investimento: As criptomoedas oferecem uma alternativa aos activos tradicionais, permitindo a diversificação e exposição a novas dinâmicas de mercado. Muitos investidores vêem o Bitcoin como “ouro digital” e potencial reserva de valor;
- Autonomia e controlo: Um dos principais atractivos está no facto de o investidor poder manter custódia directa sobre os seus activos, sem depender de bancos ou instituições financeiras;
- Potencial de inovação e valorização: Apesar da volatilidade, as criptomoedas são hoje vistas como motores de inovação, tanto no plano tecnológico como no financeiro. Soluções como redes de segunda camada (Layer 2) e novas aplicações descentralizadas mostram que a evolução do sector está apenas a começar.

Conclusão
A criptomoeda é mais do que um mero activo digital: é o reflexo de uma transformação estrutural na forma como concebemos o dinheiro e a intermediação financeira. Hoje, as criptomoedas são utilizadas para pagamentos, investimento, reserva de valor e como base para novas tecnologias que prometem alterar radicalmente sectores inteiros da economia.
Com o regulamento MiCA a criar maior segurança jurídica na União Europeia e Portugal a manter um enquadramento fiscal atractivo, o cenário é de crescente adesão. Para investidores, compreender este ecossistema é fundamental, não apenas como oportunidade de rentabilidade, mas também como forma de participar activamente na revolução financeira em curso.
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